domingo, 27 de setembro de 2020

Resignificada

 

 Entre as mãos, uma cruz,

entre os lábios, seu nome,

entre a realidade e o devaneio... eu,  

que acreditava de forma, devotada, jamais, alguém, novamente amar.

Hoje, tão feliz e radiante, 

agradeço a todo instante 

por sua presença, sorriso, semblante.

É que cada abraço teu, cola em mim pedaços meus.

Seus toques, sussurros, afagos,

escrevem por cima dos velhos estilhaços, 

sobre mim, em mim 

no qual eu renasço.

Você me eterniza nos seus braços e eu 

em minha rimas, rotas, memórias.

Tudo é tão simples e aconchegante.

que nem imaginava que o amor não mendigasse cumplicidade.

Por tanto tempo, eu, que jurava, jamais amar outro alguém,

e sem saber me sentenciava, 

hoje, finalmente acordada,

percebo que de fato, tudo nessa vida passa, 

tudo pode ser uma bela manhã resinificada.

 

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