segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Por vezes, eu

Eu queria amar como os casais de novela...

mas é que...

eles não existem!

Tenho desatado de mim tudo que me consome,

porque sei que a vida é curta,

o tempo é pouco,

e se cortarem nossas asas...

o voo é certo para o raso do desfalecer.

Já perdi a voz por tanto gritar:

"os homens nascem com o "direito divino"

a fala que cala,

e o falocentrismo.

As mulheres, nascem punidas!

 Tô rasgando minhas cordas,

e passando pela avenida.

Ei...moço!

Ei... moça!

não quero mais que me diga o que é ser bonita,

deixe-me aqui, parada na esquina,

porque esse é meu dia útil,

é domingo...

dia da minha inutilidade para às folhinhas capitalistas.

Eu queria fazer um curso desses que as pessoas julgam “tradicionais”,

mas optei pela História...

um tanto quanto cíclica,

pulsante e as vezes, dilacerante.

Queria tomar coquitéis com cereja

mas tomo mesmo, é Whisky, e uma boa e velha artesanal cerveja.

estou rompendo minhas amarras,

me deixa !

Estou deixando pra trás minhas malas,

remendadas, pesadas, arcaicas.

Cheias de opiniões alheias, vazias...

que por mim  ou para mim

nunca fizeram nada.


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