Olhando-me no espelho,
percebo que além dos fios brancos, muito mais em mim mudou:
Não corro mais,
paradas são edificantes;
Minha voz adormece em frequências constantes,
e a paz me acena em meio ao silêncio contagiante.
Não espero mais nada de ninguém,
pois só damos o que de fato a gente tem.
Não quero o mundo!
somente mais alguns momentos profundos.
Não desenho mais o futuro!
Hoje, eu, filha do presente, mais feliz que antigamente,
aprendi que é preciso abaixar para ser grande,
mas nunca se curvar diante dos obstáculos da vida, nem dos pseudos nem dos pedantes.
Desajustada poeta que moldou -se,
mudou, se mudou e a vida resinificou,
de tudo que se foi, de tudo que ficou...
a pontual gargalhada continuou.
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