terça-feira, 15 de agosto de 2017

Inútil guerra

                                
Depois daquela guerra em que os homens não se achavam iguais,
cruzes pediam paz,
e vítimas coloriam os jornais.
Eu já não me achava mais.
E naquele estranho dia que metal chovia,
provocando forte mialgia,
quase me esqueci da perversa mão fria
que engatilhou a hemorragia.
Ali se presenciou o ecoar da dor,
era opaco o sol,
quando o galo cantou.
Flores caiam,
árvores nem frutos mais tinham,
e a terra secou,
como os embriões nos ventres torturados.
Egocêntricas armas,
egocêntricas falhas,
deixem morrer o poder,
deixem o ser .

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