Que chova em sua consciência,
para varrer resíduos das palavras de vidro,
das promessas baratas,
das semanas encenadas,
dos segredos ocultos.
Veja o caminho que trilhamos mas tenha cuidado,
você pode se olhar e ficar assustado.
Nosso castelo era de areia o vento poderia tê-lo levado,
mas nele, ficamos soterrados.
As palavras vagas ,molduradas, não se moviam, só eram faladas.
De tudo que se foi a um restante presente negado,
somos a foto dos opostos, que queriam lado a lado, o caminho contrário.
Me sobraram perguntas e a ti respostas sem razões.
O toque polidor de noites após noites, me confortará,
e essa dor que parece mais um filme de terror,
sei que que se transformará quando eu comigo mesma, me reencontrar.
E você que nunca conseguiu me lê,
desejo que um dia possa se entender.
Mas agora, ainda na ternura da rígida carne,
Treme a cada espetáculo e vibra para ser o centro do palco.
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